26 abril 2010

Até um dia, eternamente!

Continuo sem te saber muito bem
Continuo com pouca pressa de te saber melhor
Continuo com o mesmo desejo de te saber porém
Mais vezes, muito bem e bem melhor
Continuo sim, com vontade de ti
De ter o teu toque, o teu cheiro em mim
De cerrar os olhos, cruzar minhas pernas
E num gesto cativar-te
Segredar-te os meus anseios
Os meus medos de te ter
Os receios de te desejar mais que a conta
Perder-me de ti por mim
Pouco interessa até quando
Quero saber o quanto é bom enquanto for
Pelo tempo eterno
Contado em minutos para depois deixar
Aquele cheiro, aquele sabor, aquele desejo em mim...

14 abril 2010

Religiosamente


Ai vida que tanto me queres
Ai vida que tanto me dás
Que não consigo segurar
Todos os caminhos que ficaram para trás

Chegaste e entraste
Assim com pequena licença
De querer e dizer mais
Só, basta e não aguentaste

E eu enfim fiquei
Consolada no teu silêncio
Conformada sem o teu calor

Com desejos de fé pecando
Esperança no acreditar
De merecer quem vivo querendo

05 abril 2010

Peço-te, por favor!

Talvez seja pedir muito
À vida
A ti que me queiras
Tenho caminhos
Percorridos
Tenho medo
Medo de perder
A tua presença
O contentamento de sem te ter
Querer
Quero
Mais que muito
Mais que isto
Mais que o meu mundo
E se não souber?
E se não for para ser?
Depois que faço, como continuo?
Que caminhos hei-de percorrer
Se souber que não te irei encontrar?
Deixa-me agora
Se não me quiseres depois
Não mates minha sede
Com a tua presença
Nos meus dias
Sempre demasiado longos
Para momentos
Sempre demasiado poucos