28 janeiro 2010

(E)ternamente

Cerro os olhos
Aperto-os
E deixo-me ir
Vou até onde nunca fui
Porque não havia
Caminho
Não o queria percorrer
Fecho as mãos
Aperto-as
Contra ti
O teu peito
Sinto-te
Envolvo-te
Os meus dedos confudem-se
Em ti
Entre ti
Encosto os meus lábios
Aos teus
E suspiro o teu doce
Guardo-o para mim
Dentro
Para que um dia
Se te fores
Os meus olhos
Minhas mãos
E minha boca
Possam quem sabe
Eternamente
Sentir-te

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